quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Critérios para caracterização de Hipertextos

Como hoje entendemos Hipertextos como uma construção não linear e disponibilizada em rede de computadores composto a partir de um texto inicial interligados por nós ou links que podem ser acessados por qualquer usuário, de qualquer máquina conectada a internet.

Aqui me reporto à postagem “A Escrita e Leitura no Hipertexto com Aprendizagem Ativa” feita pela colega Rosilê, a menção feita aos seis critérios para caracterização de Hipertextos segundo Pierre Lévy.

Para maior esclarecimento, a quem se interessar, cito Hipertexto onde se pode encontrar a explicação, com mais detalhes, de todos os critérios.

Observando-se com cuidado as definições de cada critério entende-se mais claramente o porquê do hipertexto está muito intrinsecamente na aprendizagem ativa através da leitura e escrita colaborativa e cooperativa.
Achei todos os critérios interessantes, mas aqui cito o último: " princípio de mobilidade dos centros: a rede possui não um, mas diversos centros, que são perpetuamente móveis, saltando de um nó a outro, trazendo ao redor de si uma ramificação infinita de pequenas raízes, rizomas, perfazendo mapas e desenhando adiante outras paisagens" (Lévy, 1995, p. 26). Acho que é o que mais caracteriza o hipertexto por demonstrar a não linearidade explicitando claramente as conexões, a intercomunicação que se atualizam constantemente.

Estudante Digiatal

Estudante DIGITALA presença das Tecnologias digitais em nossa cultura contemporânea vem influenciando e transformando profundamente as possibilidades de expressão e comunicação entre as pessoas, no cotidiano de cada um, exigindo novas habilidades, de acordo com as diferentes modalidades utilizadas.As crianças e jovens estão cada vez mais inseridas nesse mundo digital e tecnológico fora do ambiente escolar como meio de cultura popular aproveitando o tempo de lazer como forma de entretenimento participando de redes sociais, de jogos, vídeos ou baixando músicas. Entretanto, nas práticas educativas e pedagógicas, mesmo com a inserção de muitos laboratórios nas escolas, e a presença das tecnologias digitais já de alguns anos, as atividades desenvolvidas pelos alunos e professores ainda é muito restrita, devido a alguns fatores, dentre eles a resistência de muitos professores, a falta qualificações e competências que são necessárias para saber usá-las, etc.Apesar dessas evidências, e levando-se em conta os avanços tecnológicos, principalmente o meio digital que continua evoluindo rapidamente e que os conteúdos são constantemente atualizados pode-se perceber claramente uma tendência que vem se modificando: a existência do Estudante DIGITAL e a sua valorização como usuário interativo e como sujeito no uso da internet.“As mudanças nos modos de ensinar e aprender devem ser analisadas a partir de um contexto mais amplo, que envolve novas práticas sociais e culturais”(Andréa Ramal e Paula Buffara)“Frente a essa propensão, trabalhar com o texto no meio digital com os recursos disponíveis na Internet significa lidar com a interatividade. Isso muda a conotação do binômio ler/escrever assim como o conceito de leitor passivo e escritor ‘dono do texto’”. Leva a reconhecer que as tecnologias digitais exigem novas habilidades e lança novos desafios para que educadores (os imigrantes digitais ) e educando (nativos digitais) possam ter maior familiaridade com os novos recursos digitais:” processador de texto, internet, e-mail, bate-papo, lista de discussão, hipertexto, blog, videoblog, etc.”Neste cenário, o aluno, que, na sua grande maioria, é o estudante nativo digital, hoje encontra o conhecimento disponível na rede, é o agente construtor da própria navegação.O professor não é mais o detentor do saber cabendo-lhe a tarefa de assumir a função de mediador e planejar as estratégias de forma que o estudante digital possa empreender com autonomia os próprios rumos na construção do conhecimento utilizando-se de diferentes meios digitais com as mais variadas funções que oferecem novas alternativas para a leitura e escrita seqüencial, que é feita de forma tradicional tendo como referencial o “o lápis e o papel” para uma nova modalidade de escrita na tela através de um processador de textos e navegação na rede de internet na comunicação interativa nos vários recursos digitais:-Blogs - proporciona o exercício de autoria, cria espaço para debates construção do conhecimentos e redes sociais;-Wiki: criação e edição conjunta de conteúdos-Desenvolvimento da reflexão e da autonomia. Trabalho cooperativo. Desenvolvimento de redes sociais.;-Orkut –sites de relacionamento nas redes de comunidade;-As mensagens instantâneas, - como MSN, Yahoo, Messenger e GoogleTalk – “possibilitam que duas ou mais pessoas reúnam-se à distancia e troquem informações simultaneamente”.Com esses e mais outros recursos digitais disponíveis o aluno criador, autor é também conhecido como estudante digital.“Nós nunca compreenderemos a tecnologia precisamente da mesma forma que os nativos digitais compreendem. Esta distinção é crítica na Educação, porque nós estamos em uma época em que todos os nossos alunos são nativos digitais, ao passo que nossos educadores, professores, administradores e planejadores curriculares são imigrantes digitais.”