sexta-feira, 17 de abril de 2009





A terra treme, geme para não morrer de fome.

A água chora implora para não morrer de sede.

O ar inflama, clama para não morrer poluído.

O fogo arrefece, reza para não ser apagado.


Ouvem-se ecos... Sons de ondas furiosas, ruídos de ventos incontroláveis,

brados de montanhas revoltadas.

Peixes borbulham quase afogados.

Pássaros não cantam, censurados.

Feras fogem de homens selvagens.


Ouvem-se ecos...

Clamores de mamíferos, ovíparos, répteis...

todos assustados, escondidos.


Ouvem-se ecos...

Súplicas de árvores centenárias, apelos de girassóis indefesos e orquídeas machucadas.

Choram as florestas devastadas e as matas virgens queimadas.


Cantam no mar as robustas baleias,

dançam os bailarinos golfinhos,

brincam na neve os palhaços pingüins...

mas somente em filmes, livros, revistas e álbuns de

fotografia.

Será que vai ser assim amanhã?


Ouvem-se ecos...

Ecos na atmosfera doente, que agoniza lentamente,

intoxicada, asfixiada pelo efeito estufa.

Ecos nos rios poluídos,

que outrora foram o cenário de passeios de barco.

Ecos nos ecossistemas aquáticos e terrestres.

Quanta dor e tristeza no país da biodiversidade!

Quantos crimes ambientais no país da impunidade!


No Ocidente e no Oriente,

terremotos, maremotos, furacões destroem civilizações.

Epidemias são fatais.

É o caos entre milhões de ecos globais.


E a natureza se vinga, explode, pune, castiga,

devasta, reage, responde aos absurdos possíveis

causados pelos homens insensíveis.

E muitos outros ecos ecológicos são captados

e minimizados pelos cinco sentidos humanos.


Meu Deus!

O que estão fazendo com sua obra mais preciosa?

Como será o futuro das próximas gerações?

Como será o Planeta nos próximos anos?


Luizinho Bastos
Referência: Ecos ecológicos


Nenhum comentário: